segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Perispírito,Espelho da Alma



Muitos pensam que as doenças e os problemas de ordem material ficam com o corpo e que o espírito se liberta  não só dos sofrimentos como também de tudo o que é de ordem física no momento do desencarne. Alguns chegam mesmo a acreditar que,ao chegarem ao mundo espiritual,as pessoas se modificam radicalmente,tornando-se anjos,isto é,sábios e bons,o que é um absurdo,pois ninguém melhora"milagrosamente",pela simples mudança de plano,ao desencarnar. As pessoas que vão para as esferas sublimadas já são conhecidas na Terra com espíritos superiores,seja pela capacidade ou pela missão que desempenharam. São os que se destacam em favor do bem da humanidade. Citemos alguns exemplos: Jesus de Nazaré,Krishna,Buda,Zoroastro,Gandhi,Francisco de Assis etc...
Quanto a nós,pobres espíritos ignorantes e endividados que ainda somos,que nada fizemos para os nossos semelhantes,nem mesmo para nós no campo do saber e do amor,o que poderemos esperar ao regressar ao mundo espiritual senão o mesmo ambiente que construímos aqui na Terra? É obvio que um selvagem não pode morar num palácio,e sim numa tapera,entre os que são iguais,pois do contrário ele não se sentiria bem,porque não se adaptaria a um meio que lhe fosse totalmente estranho.
Assim sendo,quando chegamos ao mundo espiritual,levaremos conosco os vícios,as fraquezas,os cacoetes,os defeitos físicos e todo o elenco de hábitos e costumes que possuímos quando encarnados. E só depois que eliminarmos essas deficiências e vícios,seguindo a orientação de nossos mestres,é que poderemos nos tornar cada vez mais próximos do ideal de perfeição que almejamos.Aliás ,esse trabalho de aperfeiçoamento poderá ser iniciado aqui mesmo na Terra,desde que renunciemos aos prazeres materiais e nos dediquemos com mais empenho às conquistas das virtudes e do conhecimento,indispensáveis para que subamos mais um degrau da escada evolutiva.
Devemos lembrar que o nosso corpo não é responsável pelos desacertos de nossas atitudes aqui na Terra,portanto ele não passa de uma vestimenta do espírito, o responsável por todos os nossos desatinos.
Assim sendo,mesmo que mudemos de roupa,não mudamos de personalidade,continuamos sendo a mesma pessoas,física e psiquicamente. Se formos magros e altos ou baixos e gordos,feios ou bonitos,perfeitos ou defeituosos,dessa ou daquela raça,é dessa forma que nos identificaremos no mundo espiritual.
Como todas essas características são criações do próprio espírito,somente ele mesmo pode modificá-las,desde que possua poder mental para tanto e obtenha permissão superior para esse fim.
É por isso que no mundo espiritual encontramos a mesma população que conhecíamos aqui na Terra,com os mesmos desejos e os mesmos problemas,com as mesmas deficiências e as mesmas anomalias,porque ainda não conseguiram livrar-se dessas imperfeições,embora tenham deixado a vestimenta carnal na sepultura.
Como o corpo perispiritual nada mais é que o molde do corpo carnal,é natural que ele se apresente com as mesmas caracteristicas do corpo que ele molda!
Estamos nos referindo aos espíritos em expiações,por quanto os mais elevados,ao desencarnarem,se apresentarão perispiritualmente belos e perfeitos,sem os danos que a velhice e as doenças impuseram ao corpo,porque seu perispírito  reflete a superioridade do espírito,que é o ser inteligente que comanda o corpo.
(Texto extraido do Livro "Como vivem os Espíritos" / Antonio Fernades Rodrigues)

A Questão do Mal.

     Muita gente fica preocupada em se defender do mal.As mais simples ou mais superticiosas,naõ raro se munem de objetos mágicos como figas de guiné,pés de coelho,ferraduras,sal grosso como elementos mágicos que empurram o mal para longe de nós.Depois de lembrar que todas essas coisas são inúteis e recursos pertencentes à magia,gostaria de tratar de uma outra forma de mal,esta muito concreta: o mal que recebemos diretamente das pessoas.Vamos lembrar uma frase atribuída ao pensamento chinês:
                                      O Mal que alguém me faz não me faz mal porque não me faz mau:
                                      o mal que eu faço a alguém,este sim,me faz mal porque me faz mau.
Examinemos este texto com mais cuidado.Primeiramente,ele diz que o mal que alguém me faz não me faz mal porque não me faz mau,ou seja,se uma pessoa pratica contra mim alguma forma de mal,eu sou a vítima do mal e portanto,não sou MAU e,sendo assim,do ponto de vista moral,é vantajoso receber o mal.
Em segundo lugar,diz-se que o mal que eu faço a alguém,me faz mal porque me faz MAU.
Nesse segundo momento da frase,passamos de vítimas a agressores e isso é moralmente ruim para nós.Este texto encerra um conceito muito antigo de Platão já fizera uso: "MAIS VALE SOFRER UM MAL DO QUE PRATICÁ-LO". Jesus disse algo muito semelhante a isto ao aconselhar que perdoemos os nossos inimigos e que ofereçamos nossa face ao agressor que nos esbofeteou. Um outro espírito que seguiu este preceito à risca foi Mahatma Gandhi com a prática da não violência. Gandhi acreditava que a violência gera mais violência e que a única maneira de fazer cessar o violento é dar-lhe o nosso AMOR,ainda que isso nos custe caro,por isso esse tipo de reação ao mal é muito raro.
Uma outra forma de ver o mal é questionar se aquilo que chamamos de mal o é de um modo absoluto.Eu diria que nem sempre um mal é apenas mal. Muitas pessoas nos fazem algo a que chamamos mal mas que,depois verificamos que não foi tão MAU assim.  Por isso o dito "Há males que vêm para bem" deve ser avaliado,pois existe muitas coisas que na verdade acontecem e agente acaba amadurecendo em todos os aspectos.
(Texto extraido do Livro "Como Aproveitar Bem Uma Encarnação / José Carlos Leal)